sábado, 19 de julho de 2008

JPT quer ampliar o debate sobre ação dos jovens no partido


Em ato realizado na Quadra dos Bancários, em São Paulo, na sexta-feira (11), foi realizada a posse da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e dos novos membros da direção nacional da Juventude Petista |(JPT).

Participaram do ato, entre dezenas de jovens e lideranças de movimentos políticos, o dirigente nacional do PT, Francisco Campos; que representou o presidente Ricardo Berzoini; os ex-secretários de Juventude do PT, Rodrigo Abel e Rafael Pops; os diretores da Fundação Perseu Abramo (FPA), Flávio Jorge e Selma Rocha; a representante da Fundação Friedrich Ebert (Fes), Fernanda Papa e a representante do Sindicato dos Bancários e do Coletivo de Juventude, Adriana Magalhães.

Durante a posse ocorreu ainda o lançamento do livro "Para Além das Políticas Públicas de Juventude", de Rodrigo Abel. Para Abel, a publicação é uma "prestação de contas do investimento que o PT fez na juventude". "Não pertence a mim, e sim a cada um de vocês", dedicou. O autor desafiou os jovens a refletirem mais sobre política. "Temos hoje a maior massa crítica de políticas públicas de juventude, mas não defendemos isso", lamentou.

Desafios da juventude petista
Severine Macedo, em entrevista ao site Construindo um Novo Brasil (CNB), apontou como o principal desafio da nova direção nacional da JPT o fortalecimento da juventude para dentro do partido. "Agora não somos mais uma setorial. Agora somos uma instância de direção com outra condição de diálogo com o partido", definiu.

Ela afirmou que pretende "estreitar este debate, fazer funcionar a direção da juventude nos municípios, nos estados, criar uma organicidade para que a gente tenha respostas lá na ponta, para os jovens que militam nos municípios do interior até os jovens que militam nas capitais". Nos planos da secretária está "o fortalecimento da juventude institucionalizada para dentro do PT".

Outra grande tarefa desta gestão, segundo Severine, "é responder as demandas dos jovens brasileiros na construção das suas pautas", colocando a juventude num outro patamar junto à elaboração das políticas de educação, de trabalho e renda, na área da cultura, além de garantir uma vida segura. Para ela, o PT precisa intervir com uma qualidade maior nestes temas, que são pautados no dia-dia pelas várias juventudes que militam no movimento e nas organizações que discutem política pública. "Precisamos fazer este diálogo com os movimentos para que vejam no PT, mesmo aqueles que não têm jovens filiados, uma grande ferramenta de luta, de transformação deste país. E que vejam um partido que investe em juventude, que aposta em juventude e que quer, de fato, fazer o novo", sugeriu. "O partido já é uma grande referência na sociedade. Essa conjugação que é a nossa grande tarefa", resumiu.

Como o ano é eleitoral, de acordo com Severine, o tema fortalece a pauta da juventude, mas amplia a desafio. "Porque a gente recém saiu do Congresso e vêm as eleições municipais. Então, acabamos priorizando a agenda de organização do Congresso da Juventude, mas agora precisamos responder a este novo momento". "Vamos ter candidaturas em todos os cantos deste país, (...) tem muita galera boa que está saindo candidata, e precisamos não só estimular as candidaturas, mas também trabalhar para pautar o programa de juventude nas administrações petistas", contou.

Severine afirmou que, além de discutir com os candidatos o modo petista de governar e legislar, é preciso firmar as gestões como referência da política de juventude. Ela acredita que "não basta o governo federal ser um marco na história deste país, porque criou um Conselho, uma Política Nacional de Juventude, as três esferas têm que responder por isso, município estado e governo federal". Nesse sentido, Severine quer levar o PT ao desafio de assumir o programa das políticas de juventude não só na campanha. "Não é só para mobilizar gente, para carregar bandeira e buscar voto. É também para isso, mas mais ainda para assumir a pauta e conseguir implementar, nas nossas gestões, uma política de juventude, criar conselhos, implementar políticas locais, envolver efetivamente a juventude para que possa ser protagonista na construção dessas próprias políticas", planejou.

Para isso, a Secretaria Nacional de Juventude do PT já discute a elaboração das Diretrizes da Juventude para o período eleitoral e uma cartilha de subsídio do trabalho de base, além de material de divulgação e Carta Compromisso para os candidatos. "Estamos propondo a Caravana Nacional da Juventude do PT que, sem dúvida nenhuma, vai ser o grande momento de a gente poder andar este país, fazer este debate e potencializar o diálogo com os movimentos juvenis", informou.

Quanto ao apoio para tudo isso que planejam e muito mais, a secretária espera contar com a direção nacional do partido. E Severine está animada. "A gente tem percebido que a direção do PT está num momento novo". Ela atribuiu o bom momento a recente realização do Congresso, que impactou positivamente, pois foram mais de 15 mil jovens envolvidos no processo. "Estamos tendo abertura para o debate nas várias secretarias, para propor parcerias, então, de fato, esse momento novo está animando a todos nós", comemorou. "Vamos agora, no dia-dia, acertando e combinando o jogo, construindo mecanismos de trabalho para que essa direção possa ter disponibilidade e condição de construir um planejamento e de implementá-lo. Isto exige finanças, estrutura, apoio político e muito trabalho", previu a secretária. "Nós estamos dispostos", finalizou.

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