sábado, 7 de março de 2009

Fidel sobre a globalização neoliberal


A TV cubana transmite o Encontro dos Economistas em todas as suas atividades, de forma direta, em TV aberta, para todo o país. Há mesas com grandes temas, à tarde e à noite, assim como comissões de manhã, divididas em temas: finanças, desenvolvimento: políticas agrárias e segurança alimentar, crise econômica global, temas sociais, energia e meio ambiente, desenvolvimento e globalização e integração.


O presidente da Associação de Economistas Cubanos, Roberto Verrier, recordou, no seu discurso de abertura do evento, palavras proferidas por Fidel Castro no Encontro realizado em janeiro de 1999, há 10 anos, no primeiro Encontro de Economistas, quando poucos se atreviam a prever a crise que vive hoje:


“Que tipo de globalização temos hoje? Uma globalização neoliberal; muitos de nós a chamamos assim. Ela é sustentável? Não. Poderá subsistir por muito tempo? Absolutamente não. Por séculos? Categoricamente não. Durará apenas décadas? Sim, só décadas. Porém mais cedo do que se imagina terá que deixar de existir.


”“Será que eu acredito que eu sou uma espécie de profeta ou de adivinho? Não. Conheço muito de economia? Não. Quase absolutamente nada. Para afirmar o que eu disse basta saber somar, diminuir, multiplicar e dividir. O que aprendem as crianças na escola primária.


”“Como vai se produzir a transição? Não sabemos ainda. Mediante grandes revoluções violentas ou grandes guerras? Parece improvável, irracional e suicida. Mediante profundas e catastróficas crises? Infelizmente é o mais provável, quase quase inevitável e transcorrerá por vias e formas de luta muito diversas...


”Comentou Verrier: “Aquele discurso nos desconcertou a todos por sua brevidade e contundência, quando ainda estávamos por constatar seu profundo avanço sobre os acontecimentos que se precipitaram no lapso de uma década.


”E, mais adiante, disse: “Se requer uma análise séria, profunda e rigorosa sobre a crise econômica global e seu impacto no setor financeiro. É imprescindível um novo desenho da ordem econômica internacional e uma reestruturação de sua arquitetura financeira. Toda analise sobre este tema requer a mais ampla participação da comunidade internacional. Todos os países e, em particular, os países em via de desenvolvimento, têm o direito a estar presentes, a aportar seus pontos de vista e perspectivas, e a fazer parte das soluções que se definam.”


*Emir Sader

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