domingo, 23 de março de 2008

O ódio de classe da burguesia brasileira.


"A gente vai se ver livre dessa raça (SIC), por, pelo menos, 30 anos", disse o senador Jorge Bornhausen( PFL hoje DEM). Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - é usual referir-se ao povo dessa maneira - são negros, pobres sujos e brutos.


O senador Jorge Bornhausem é das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, Direitista adepto das ditaduras militares, do governo Collor, e do governo FHC, do governo Bush, revela agora todo o seu racismo e seu ódio ao povo brasileiro com essa frase, que saiu do fundo de sua alma- recheada de lucros bancários e ressentimentos.


Repulsivo não por ser loiro, proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior, mas por ser racista e odiar o povo brasileiro. ele toma embate atual como um embate contra o povo que ele significativamente chama de "raça"


Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros sabe-se que é usual referir-se ao povo desse maneira - "negros", "pobres", "sujos", "brutos", - em suma, despresíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita- pefelista e tucana - , que se lambuza com a crise atual. quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodro de "essa raça".


É com eles que anda a "elite Paulista", ultra sensível a sonegação contra a Daslu, mas que certamente não dirigira uma palavra de condenação a seu aliado estratégico( da mesma forma que a grande mídia privada). São os amigos de FHC e de seus convivas dos jardins, aliados do que de mais atrasado existe no Brasil, ferrenhamente unidos contra a esquerda e o povo.


Mas não se engane, senhor Bornhausen, banqueiro e racista, muito antes que sua mente suja imagina, a esquerda , o movimento popular, o povo estarão nas ruas, lutarão de novo por uma hegemonia democrática, anti-racista, popular, no Brasil. Muito antes de sua desaparição definitiva da vida pública brasileira, banido pelo opróbrio, pela conivência com a miséria do país mais injusto do mundo, enquanto seus bancos conseguem os maiores lucros especulativos do mundo, sua gente será definitivamente derrotada e colocada no lugar que merece - a famosa "lata de lixo da historia"


Não, senhor Bornhausen, nosso ódio as pessoas abjetas como a sua, não os deixara livres de novo para governar como sempre o fizeram - roubando, explorando, assassinando trabalhadores. O seu sistema capitalista se encarrega de reproduzir cotidianamente os que se opõem a ele, pelo que representa de opressão, de espoliação, de desemprego, de miséria, de discriminação - em suma de "Bornhausens".


Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam a sua pessoa - mesquinha, desprezível, racista. Ele nos fortalece na luta contra contra sua classe e seus lucros escorchantes e especulativos, na luta por um mundo em que o que conte seja a dignidade e a humanidade das pessoas e não a "raça" e a conta bancária. Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio a burguesia.


Emir Sader é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(Uerj), coordenador do laboratório de políticas públicas da Uerj e autor entre outros, de " A vingança da história"

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