domingo, 19 de julho de 2009

Google desafia a Microsoft


"O Google vai dominar o mundo." Mesmo não sendo muito apreciada pelos executivos da empresa, a frase é entoada com frequência por milhões de internautas, que se acostumaram a ver a presença destacada da companhia em setores como editores de imagens (Picasa), blogs (Blogger), celulares (Android) e serviços de localização (Maps).Pois agora, eles têm mais um motivo para acreditar no poder - crescente - da marca. A empresa anunciou na semana passada que está trabalhando em um sistema operacional para ser usado em netbooks e rivalizar, diretamente, com o Windows, da Microsoft.

Batizada inicialmente de Google Chrome OS, a plataforma está sendo baseada no navegador Chrome, lançado há nove meses pela empresa. A expectativa é que o sistema de código aberto esteja disponível até o fim do ano para a comunidade de desenvolvedores, para que, já no segundo semestre de 2010, o mercado receba os primeiros computadores com o sistema embarcado.

A ideia é criar um ambiente pensado especialmente para navegar na internet e para usar aplicações como editores de textos, caixas de e-mail, agendas e uma diversidade de ferramentas que podem ser acessadas diretamente na rede, sem a necessidade de tê-las instaladas no computador. A tecnologia, batizada de cloud computing (ou computação nas nuvens) e defendida ferreamente pelo Google, é considerada por muitos especialistas como o futuro da informática e que acabará substituindo o modelo tradicional de venda de software sob licença, praticado há décadas pela Microsoft.

"O Chrome OS é o primeiro sistema operacional pós-internet, baseado em uma série de serviços da web, desenhado de baixo para cima e repensado para um mundo conectado", declarou o analista de mercado Rob Enderle.

Leve e rápido - De acordo com o Google, o novo sistema terá uma interface amigável e simples, como os demais produtos da empresa, e focará em aspectos como segurança e rapidez. No blog da companhia, o responsável pela gestão de produto, Sundar Pichai, e o diretor de engenharia, Linus Upson, disseram que a novidade vem atender à demanda de um público que muitas vezes não se importa com que tipo de plataforma que roda no computador, mas sim com o que ele pode fazer quando está conectado na internet.

"É nossa tentativa de mostrar que é preciso reconsiderar como deveriam ser os sistemas operacionais. As pessoas querem ir diretamente para o e-mail, sem ter que esperar que o computador faça o boot e que o navegador se inicie", afirmaram. "E o mais importante: eles não querem gastar horas configurando o PC ou atualizando softwares", escreveram, se referindo aos resultados de uma pesquisa realizada pela companhia sobre os desejos de diversos usuários de micros.

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