domingo, 24 de agosto de 2014

O Grande Ausente - Prof Ivo Tonet



 

Maria Bethânia Pedrinha de Aruanda



A intimidade de Maria Bethânia a partir da comemoração de seu aniversário de 60 anos, celebrado durante uma apresentação em Salvador e numa missa em Santo Amaro, sua cidade natal, em 2006.
Lançamento 14 de setembro de 2007 (1h 1min)
Dirigido por Andrucha Waddington

sábado, 9 de agosto de 2014

A História do Racismo e do Escravismo (BBC).



A "História do Racismo" é um documentário produzido e realizado pela British Broadcasting Corporation (BBC) - que aborda o legado deixado pelo racismo e pelo escravismo ao longo dos séculos -,
como parte da comemoração do bicentenário da Lei de Abolição ao Tráfico de Escravos (1807), a BBC 4, dentro da chamada "Abolition Season", exibiu uma série composta por três episódios, independentes entre si, abordando a história e os aspectos do racismo pelo mundo. São eles: "A Cor do Dinheiro", "Impactos Fatais" e "Um Legado Selvagem".

Racismo e Escravismo - Uma mulher custava o preço de dois homens.

A "História do Racismo" é um documentário produzido e realizado pela British Broadcasting Corporation (BBC), que aborda o legado deixado pelo racismo e pelo escravismo ao longo dos séculos

Muitas vezes o racismo e a xenofobia, embora fenômenos distintos possam ser considerados paralelos e de mesma raiz, isto é, ocorrem quando um determinado grupo social começa a hostilizar outro por motivos torpes. Esta antipatia gera um movimento em que o grupo mais poderoso e homogêneo hostiliza o grupo mais fraco, ou diferente, pois o segundo não aceita seguir as mesmas regras e princípios ditados pelo primeiro. Muitas vezes, com a justificativa da diferença física, que acaba se tornando a base do comportamento racista.

Escravismo: Primeiramente, o escravismo começou na África, quando este país fortaleceu e desenvolveu seus laços comerciais com a Europa principalmente Portugal , cujo foi o país com maior índice de exportação escravista.

Quando o comércio africano expandiu seus produtos com a Europa, surgiu a proposta de exportar negros para trabalhos neste país, visando grandes negócios, os reis africanos da época aceitaram a proposta, e foi quando a escravidão começou. Depois de alguns anos de escravismo, apesar da África ter conseguido gerar muito capital com estas exportações - e graças a isto o escravo se tornou o principal "item" de exportações e a principal fonte de renda-, o país perdeu muitos habitantes (que haviam virado escravos), ou seja, teve sua densidade demográfica diminuída, além de ter várias famílias e sociedades separadas.

O trabalho escravo era a base de torturas e um trabalho árduo, onde estes trabalhadores possuíam qualidade de vida precária. Muitos escravos morriam.

Racismo: O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.

Como uma ideologia, o racismo existiu durante o século XIX como "racismo científico" (Racialismo), que tentava dar uma classificação racial para a humanidade. Embora tais ideologias racistas tenham sido amplamente desacreditadas após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, o racismo e a discriminação racial permaneceram difundidos em todo o mundo.

A crença da existência de raças superiores e inferiores foram utilizadas muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como inferiores aos europeus.

Na África antiga, o racismo era muito presente em relação a convivência do povo africano com outros países, que consideravam a raça negra (africana) inferior a raça branca, o que gerava um preconceito contra os afrodescendentes, que ainda são notados hoje. Assim este preconceito favoreceu o começo do escravismo na África, já que os povos brancos que mantinham contato com o povo africano, acreditavam que a raça inferior (negra) tinha de obedecer a raça superior (branca), e como estes povos brancos estavam necessitando de mão de obra em suas terras, pensaram que era uma boa "jogada" exportar negros para trabalho escravo.

O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjetiva gerada por uma sequência de mecanismos sociais.

Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniquidade.

Nesse contexto, a falta de análise crítica, a aceitação cega do mito gerado dentro do próprio grupo e a necessidade de continuar ligado ao seu próprio grupo leva à propagação do mito ao longo das gerações. O mito torna-se, a partir de então, parte do “status quo”, fator responsável pela difusão de valores morais como o "certo" e o "errado", o "aceito" e o "não aceito", o "bom" e o "ruim", entre outros. Esses valores são aceitos sem uma análise onto-axiológica do seu fundamento, propagando-se por influência da coerção social e se sustentando pelo pensamento conformista de que "sempre foi assim".

Finalmente, o mecanismo subliminar da aceitação permite mascarar o prejuízo em que se baseia a discriminação, fornecendo bases axiológicas para a sustentação de um algo maior, de posturas mais radicais, como as atitudes violentas e mesmo criminosas contra membros do outro grupo.

Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida em que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral. Muitas vezes o racismo é consequência de uma educação familiar racista e discriminatória.

O mundo continua um lugar perigoso, desigual e sem um rumo razoavelmente definido. Mas entre os avanços conquistados, diversos estão consolidados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. Os quatro primeiros artigos da Declaração dizem o seguinte:

1° - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

2° - Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.

3° - Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

4° - Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Um item que ainda está longe de conseguir legitimidade e uma legislação adequada é o combate ao homofobismo e a todas as manifestações de homofobia. Mas em outras áreas houve grandes avanços, embora a civilização humana ainda esteja longe de tratar todos os seus membros de forma justa e igualitária. Porém, existem instrumentos para se combater as discriminações advindas do classismo, escravismo, sexismo, xenofobismo e homofobismo.


cosmosvldc

A Hora dos Fornos 1-2-3

 

Este film está dividido en tres partes: "Neocolonialismo y violencia"; "Acto para la liberación", dividido a su vez en dos grandes momentos "Crónica del peronismo (1945-1955)" y "Crónica de la resistencia (1955-1966)"; "Violencia y liberación".

Esta película recién pudo ser estrenada formalmente en la Argentina en 1973 debido al contexto político de aquella época (pero para entonces ya había ganado varios premios en Europa. En 1989 fue reestrenada y en 2008 reeditada en una versión extendida

 

 Neocolonialismo e Violência - A Hora dos Fornos 1



    
Ações de Libertação - A Hora dos Fornos 2 





 Violência e Emancipação - A Hora dos Fornos 3 



domingo, 3 de agosto de 2014

Dançando com o Diabo

o documentário mostra a complexidade das favelas cariocas na visão de três personagens ligados diretamente ao tráfico: um pastor, um policial e um criminoso.De acordo com o pastor Dione dos Santos, 90% dos jovens que participaram do documentário estão mortos. O filme fala da complexidade e das contradições do crime organizado e da ajuda da religião.Dançando com o Diabo custou 500 mil dólares. A ideia partiu do jornalista inglês Tom Phillips, correspondente do jornal ( The Guardian ). Ele ficou um ano e meio visitando favelas do Rio depois de fazer uma reportagem com Dione. Assim teve acesso a Juarez Mendes da Silva, o Aranha, chefe do tráfico de quinze morros cariocas e que morreu logo depois de participar do filme

Justiça



Justiça, documentário de Maria Augusta Ramos(de 2004), pousa a câmera onde muitos brasileiros jamais puseram os pés - um Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, acompanhando o cotidiano de alguns personagens.

Retrata-se de forma particular, a rotina do Judiciário e do sistema prisional brasileiro, que, através de imagens imperativas, revelam ao telespectador o retrato frio e cruel da realidade carcerária e processual do nosso sistema penal.

Neste universo, são focados aqueles que de algum modo, direta e indiretamente, compõe o arcabouço da Jurisdição do Brasil, mais precisamente, a jurisdição do Rio de Janeiro. Deste modo, os personagens trazidos pelo filme são as pessoas que trabalham diariamente com o poder judiciário, como promotores, defensores públicos, juízes, e aqueles que estão apenas de passagem, como os réus e seus familiares.

A câmera é utilizada como um instrumento que enxerga o teatro social, as estruturas de poder - ou seja, aquilo que, em geral, nos é invisível. O desenho da sala, os corredores do fórum, a disposição das pessoas, o discurso, os códigos, as posturas - todos os detalhes visuais e sonoros ganham relevância. O espaço, as pessoas e sua organização são registrados de maneira sóbria.

A câmera está sempre posicionada em relação à cena mas não se move dramaticamente, não busca a falsa comoção. Sinal de respeito, de não-exploração. No filme, não há entrevistas ou depoimentos, a câmera registra o que se passa diante dela. Maria Augusta Ramos observa um universo institucional extremamente fechado e que raras vezes é tratado pelo cinema ficcional brasileiro.

Seu filme é tão mais importante em função de nossas limitações em termos de representação dos sistemas judiciais. Em geral, nosso olhar é formado pela visão do cinema americano, os "filmes de tribunal". Justiça, sob esse aspecto, é um choque de realidade.

A cineasta vai acompanhar um pouco mais de perto uma defensora pública, um juiz/professor de direito e um réu. Primeiro, a câmera os flagra no "teatro" da justiça; depois, fora dele, na carceragem da Polinter e na intimidade de suas famílias.

Com suas opções claras, que não são escondidas por sua opção pela sobriedade e pela simplicidade, Maria Augusta Ramos deixa evidente que, como os documentários, a justiça está muito longe de ser isenta. Como e para quem a justiça funciona no Brasil é a questão que se apresenta em seu filme, sem respostas definitivas ou julgamentos preconcebidos.

 

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