quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Motivo para preocupação


A festejada vitória em São Paulo acabou ofuscando o desempenho, na verdade, pífio das forças de oposição ao governo Lula.

Somando-se 1º e 2º turno, PSDB e DEM, juntos, elegeram somente cinco prefeitos em capitais, incluindo São Paulo.

Desses, quatro eram candidatos que disputavam à reeleição. Ou seja, com exceção de São Luís (MA), não houve avanço sobre nenhuma nova capital.

Não houve vitória de projetos de oposição ao Governo Federal, mas a manutenção de administrações que já vinham bem avaliadas.

Tucanos precisam de dinheiro e mídia para ganhar




Apesar de não terem vencido as eleições, os tucanos, arrogantes como sempre, deitam falação contra o PT e o governo. O presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, senador tucano por Pernambuco onde perdeu feio as eleições, diz que a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, não tem liderança popular e não será eleita para o Palácio do Planalto só porque tem o apoio do presidente Lula.

O senador tucano vai mais longe e assinala que Dilma tem liderança no governo, mas não no PT. Só falta ele querer escolher o candidato do PT! Engraçado que os candidatos e candidatas a prefeito pelo PSDB elogiavam Lula e seus programas nos palanques e todos diziam que iam contar com seu governo para administrar suas cidades. O próprio Sérgio Guerra chegou a dizer que não havia oposição no Brasil.

É bom que os tucanos subestimem Dilma Roussef e o PT, a liderança e a popularidade do presidente. Mas devemos tomar ao pé da letra a afirmação do tucano, de que ninguém elege um poste, porque ela vale muito mais para ele.

É só esperar as eleições em Pernambuco em 2010, e construir nossa candidatura, alianças e programa como se estivéssemos em 2001, sem governo, com poucas alianças e sem apoio do poder econômico e da mídia.

Assim fizemos naquele ano, essa era a nossa situação. E ganhamos um ano depois. Já os tucanos jamais disputaram uma eleição para valer sem as muletas do poder econômico e da mídia.

*blog do zé

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A arte também serve para protesto

A música a seguir tem como temática a história de uma menina explorada sexualmente por seu pai. Uma situação interpretada com sensibilidade que é, ao mesmo tempo, um clamor à sociedade.





“...Papai não me toque aí
Eu vou te dizer algum dia, juro
Não vê que estou assustada?
Você deveria ser meu pai...”


Combata este tipo de abuso. Já estamos fartos de tamanha insensatez de determinadas pessoas, sejam elas de qualquer classe social: "DIGA NÃO AO ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES". Sujeira pra debaixo do tapete já mais.

*FONTE:blog.stopx.org

sábado, 25 de outubro de 2008

A dura crítica de Serra a Lula



O governador José Serra criticou o presidente Lula pela falta de firmeza no combate à crise financeira.

Fosse Serra o presidente, tomaria duas medidas imediatas: colocar a tropa de choque da PM para evitar que os especuladores tentem chegar ao Palácio do Planalto ou ao pregão da Bovespa e chamar o Gate para negociar com o mercado para libertar a economia produtiva, refém da falta de crédito, sem riscos para a vida e os empregos dos trabalhadores.

Serra afirmou ontem que, se nenhuma das medidas der certo, é só botar a culpa no PT, na CUT e na Força Sindical. Com o Serra, a gente nunkassab o que pode acontecer.

Bem depois desta análise nada animadora do pretendente a Presidente da república,´só me reste deixar pra vcs um ótimo sábado

domingo, 19 de outubro de 2008

Pensar liberta

Obs: Para vcs assistirem o filme todo.Click de cima para baixo nos slides
No balanço destas eleições municipais, fiquei impressionado pela falta de amadurecimento político da nossa juventude. Peço desculpas aos atingidos, mas tenho como comprovar, em tantas leituras no papel e na internet. O fato é que nossos jovens estão perdidos. Querem ser radicais, desbravadores, únicos, os primeiros, mas repetem velhos conceitos, normalmente ingênuos, limitados sobre a nossa geografia política.

E lembrei do professor Milton Santos, um dos melhores e mais fundamentais acadêmicos em nosso país. Alguém que ousou pensar e ensinar sobre questões que nos dizem total respeito. Em linguagem simples, contundente, sem floreios.

Gostaria muito que nossa juventude visse o documentário de Silvio Tendler, “Encontro com Milton Santos”, para pensar e debater, deixando de lado idéias pré-concebidas, tentando o novo, libertador.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rush

Coisas dos EUA

Gandhi


"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amor a vida.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que forram cometidos para que não mais se repetissem.
Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.
Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho
Além do trabalho, a ação.
Além da ação, o cultivo á amizade.
E quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída".


Gandhi

domingo, 12 de outubro de 2008

“É ECONOMIA SEU ESTÚPIDO”



Como afirma César Benjamin, "Karl Marx manda lembranças".


Quem se recorda do debate entre os candidatos Bill Clinton e George Bush pai, em 1992, vai se lembrar dessa frase do candidato democrata, decisiva para sua vitória sobre o Bush. Bush pai tentava a reeleição. Ele e Jimmy Carter foram os únicos presidentes desde 1960, que não se reelegeram (considerando que a eleição de Lyndon Johnson seria a reeleição de John Kennedy, assassinado em 1963).

"É economia seu estúpido". Foi o que Clinton respondeu a série de explicações do pai sobre guerra do Iraque, terrorismo, todos esses chavões que norteiam os presidentes republicanos e ao final acabam levando o país a uma realidade como a de hoje.

Os Estados Unidos assumiram o papel de "condutores da humanidade para o paraíso" ao final da Segunda Grande Guerra e depois de quatro governos sucessivos de Franklin Delano Roosevelt, democrata, o último deles completado por Harry Truman.

O "new deal" foi a primeira grande intervenção do Estado na economia. Fez frente à crise de 1929 e basicamente tirou o país da quebradeira geral, o que chamaram de "grande depressão", através de obras públicas e intervenção do Estado na economia.

O mercado havia se enrolado de tal forma que não conseguia responder ao pânico que tomou conta dos EUA, gerou desemprego e uma das mais altas taxas de suicídios numa só época, num só período, como conseqüência do grande desastre.

A Segunda Grande Guerra foi outro elemento a tirar os EUA da crise. Um parque industrial formidável sustentou os aliados ocidentais a partir da Grã Bretanha e a contrapartida do bloco soviético fez com que ao final do conflito duas grandes superpotências emergissem e dividissem o mundo em dois.

O fim da União Soviética criou a sensação entre os norte-americanos que anjos haviam descido do céu, punido o mal e ungido o bem, com catedrais distintas. Uma em Washington, outra em Wall Street.

Esqueceram-se de ler Mao Tsé Tung. "O imperialismo é um tigre de papel". Boa parte da economia norte-americana depende hoje da China. Os poderosos escudos antimísseis construídos desde o governo Reagan são insuficientes para garantir a benção dos anjos. Não protegem por dentro.

A economia dos EUA é mais ou menos como uma casa dos três porquinhos, uma história infantil centenária e que com certeza todos já ouvimos. O lobo chega e sopra, joga as paredes no chão e os porcos irmãos são obrigados a correr e a construir outra casa até que consigam segurar os sopros do lobo.

O problema aí é que o lobo está dentro de casa e plantado no centro das decisões, logo é ele quem decide o material da "construção". Atende pelo nome de mercado.

Quando se fala em Banco Central nos EUA imagina-se uma instituição bancária do governo a controlar entre outras coisas juros e emissão de moeda. Não é não.

O Banco Central dos Estados Unidos é uma associação de bancos privados que detém o poder de emitir moeda e definir juros. Hoje 32% das ações do FED (Federal Reserve) pertencem ao Chase Manhattan Bank e 20,51 pertencem ao City Bank. Duas instituições bancárias privadas controlam a economia do país. Em toda a sua história o FED jamais foi submetido a uma auditoria.

O que chamam Sistema Federal de Reserva foi transformado em lei pelo presidente Woodrow Wilson, no final de 1913 e permanece intocado até hoje. Dois presidentes desafiaram esse poder. Roosevelt e Kennedy.

A emissão de moeda pelo FED se dá a juros inferiores a 3% para banqueiros, que repassam em forma de empréstimo ao governo federal dos EUA a juros de 7,5% a 8%. Qualquer governo nos EUA trabalha para pagar o que chamam de "serviço da dívida".

A isso se junta a tal lógica do capitalismo. Que é mais ou menos como a necessidade de se ter um estoque de produtos, bens e serviços em constantes transformações e inovações para que o distinto público financie todo esse complexo mafioso, tanto quanto ampliar esse mercado, estender-se ao mundo inteiro e tornar-nos a todos, países e povos, consumidores e pagadores dos juros do FED.

Plantaram os alicerces da casa com papéis. Montaram um extraordinário poder militar com o objetivo de desestimular qualquer reação a essa ordem política e econômica e criaram uma espécie de mundo Walt Disney para os cidadãos norte-americanos, "o mundo de Truman", irreal, fictício, que exportam sob a forma de democracia, liberdade, justiça, o tal american way of life, embalado em sanduíches da Casa McDonalds e engarrafado na tonificante coca cola.

Fica mais ou menos assim. O cara assiste a um filme em que Cary Grant e Débora Kerr marcam um encontro no último andar do Empire State Building, alguns anos depois de terem se encontrado num cruzeiro marítimo, mas um deles se acidenta quando a caminho e não chega. Ou vai para dentro da tela na versão mais realista de Woody Allen.

Vitório de Sicca fez melhor em "ladrões de bicicletas".

É o caso típico de quem faz e quem deixa. Depois é só ir berrar na porta de Wall Stret com o "NEW YORK TIMES" nas mãos, mostrando que os fundos de pensões e aposentadorias, todos privados, foram para o buraco.

A verdadeira lógica é simples. Um trabalhador na Indonésia trabalha vinte horas por dia em condições subumanas e a Reebok vende tênis em que agrega toda essa parafernália capitalista a embasbacados consumidores/escravos em todos os cantos do mundo.

Acumula os dividendos da escravidão.

Se o indonésio berrar, o salário de um dólar por dia vira um monte de marines em missão de paz e combate às drogas.

Só na semana passada nos arredores de Wall Street, ou seja, naquilo que está umbilicalmente ligado ao mundo dos papéis sem lastro, 50 mil pessoas perderam o emprego e viram suas aposentadorias e pensões embarcarem numa viagem sem volta numa nave espacial da NASA.

Mercado. Grandes empresas. American way life. Hollywood.

No topo dessa montanha George Walker Bush decidindo o que é bom e o que é ruim para o mundo.

Palestinos, afegãos, iraquianos, o governo Chávez, Evo Morales, Fernando Lugo, Rafael Corrêa, o povo paquistanês, viram a encarnação de Lúcifer em combate com o anjo que abençoou Wall Street.

Sarah Palin, governadora do Alasca e candidata a vice-presidente na chapa do republicano John McCain, considera tudo isso missão divina.

E até o pacote de 700 bilhões de dólares para salvar os bancos da falência e manter o modelo, nem que seja com tapumes azuis e verdes, para esconder o sombrio da perversidade capitalista.

De quebra querem vender o pacote de salvação para o resto do mundo, no pressuposto que é preciso ajudar o gigante do norte, num momento que as pernas estão trôpegas e cambaleantes.

Nesse tipo de negócio Pastinha nem passa perto. Não conhece nada além de milzinho para sentar em cima e uma semana na praia para esquecer outro papelório em desajuste com os negócios, mas dentro do mercado.

George Bush pai perdeu para Clinton no momento que não soube responder à afirmação do democrata. "É economia seu estúpido". Não faz a menor idéia do que seja isso.

Só o colar da senhora McCain usado na convenção do Partido Republicano custou 300 mil dólares. A senhora em questão é do meio oeste e voluntária na ajuda a crianças pobres do resto do mundo. Promove pipocas dançantes.

sábado, 11 de outubro de 2008

A MAXI-DESVALORIZAÇÃO DA MIRIAM. OU COMO DISSEMINAR O PÂNICO


"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista"




Durante toda minha vida convivi com o medo da loucura. É uma coisa de família, uma paranóia horrível. No entanto, nunca surtei, nunca perdi um milímetro de minha lucidez. Devo ter perdido alguns milhões de neurônios com bebedeiras, ok, mas não faz tanta diferença para o conjunto de aproximadamente 14 bilhões de neurônios com que nasci, segundo a ciência. Convenci-me, por fim, que não era louco, nunca fui, embora não possa assegurar que nunca serei. Em momentos de depressão, todavia, a paranóia insiste em voltar. Hoje descobri quão ingênuo tenho sido. Doida é a Miriam Leitão. E se uma louca como ela pode ser a principal colunista econômica do país, eu, se eu for louco (e o Frank Sinatra dizia que todos o somos), também posso ter minhas ambições. Leiam a matéria abaixo:

O peso da máxi

Já é maxidesvalorização. De 26 moedas emergentes, o real foi que mais perdeu: 35%. Desde agosto, se a conta do PIB for feita em dólar, é como se o Brasil tivesse perdido US$ 309 bi. Parte é efeito dos derivativos dos exportadores, um problema que ninguém sabe a dimensão. Um exportador me disse o seguinte: "O BC pede serenidade como o capitão do Titanic mandava a orquestra tocar."

O Banco Central fez ontem várias operações no mercado de câmbio e não reduziu a pressão do dólar. Quanto mais o dólar sobe, mais os exportadores que fizeram operações especulativas com câmbio perdem dinheiro.

— O exportador estava apostando a favor da moeda brasileira. Quem está ganhando dinheiro são os bancos estrangeiros. Além disso, os exportadores não estão conseguindo se financiar para produzir; a exportação vai parar — disse o presidente de uma das maiores empresas brasileiras.

O BC, segundo me garantiu ontem um dos seus dirigentes, não tem qualquer compromisso em defender a queda do dólar. Não está fazendo leilões para evitar que o dólar suba, mas sim para suprir a falta das linhas de crédito internacionais para o comércio. O problema é que não tem adiantado.

Nathan Blanche, especialista em câmbio, acha que o BC tem que vender dólar líquido, em operações direcionadas aos exportadores. Com mais oferta, o dólar pode cair, reduzindo a cotação e o prejuízo das empresas.



Leram? Acreditam nisso? Durante seis anos, a senhora PIG vociferou contra o dólar baixo, dizendo que as exportações brasileiras seriam fortemente prejudicadas. Fazia, sistematicamente, previsões catastróficas para a balança comercial, que, segundo ela, não resistiria ao câmbio desfavorável. Os números sempre contradiziam suas previsões. O Brasil ampliou e ainda vem ampliando suas vendas externas mesmo com moeda forte. A razão é a enorme diversificação de nossos produtos, e a melhora da qualidade deles. Em muitos setores, como carnes, autopeças e aviões, produto brasileiro é sinônimo de excelência e o mundo aceita pagar um pouco mais caro.

Mas, como todos sabem, exportadores ganham em dólares. Quando o dólar cai, portanto, eles perdem. Eles têm resistido, nos últimos tempos, através do aumento da produtividade e redução de custo. Agora, com essa disparada do dólar, a senhora PIG quer nos convencer, na contra-mão de tudo que afirmou por anos a fio, que os exportadores terão prejuízo com a alta do dólar e cita empresários que teriam "especulado" com o câmbio.

Ora, senhora PIG, no mercado cambial existem diversas ferramentas para evitar riscos com o câmbio. São os chamados hedge, onde você faz um seguro para evitar sustos com dólar baixo ou alto. Os exportadores prudentes fazem hedge, os especuladores especulam. Há séculos que exportadores brasileiros que especulam com o câmbio acabam quebrando uma hora ou outra. Com isso, surgiu uma classe de empresários mais prudentes que prefere dispensar o lucro fácil e arriscado e fazer negócios de maneira mais segura e estável. Não se trata apenas de capitalismo, mas da própria vida. De valores. De concorrência. Pegue dois empresários que competem no mercado de exportação de um determinado produto. Um deles especula e procura, com o lucro, prejudicar seu concorrente, que não especula e, por isso, não pode oferecer os descontos que o outro oferece aos clientes. Quando ocorre uma crise cambial que dá prejuízo ao especulador, há uma justiça. No fundo de todo movimento, há uma justiça, uma busca pelo equilíbrio. A senhora quer defender os especuladores? E ainda afirmar que os exportadores estão perdendo dinheiro com o dólar alto? Ora, o dólar está pouco mais de R$ 2. Há seis anos era R$ 4!!!! O exportador que não especulou, ao contrário, poderá ganhar muito mais com o dólar alto, pela razão óbvia de que o preço de seu produto é cotado em dólar.

A ideologia vendida por nossa mídia é estarrecedora. Dinheiro para melhorar salários e assistência social é considerado "aumento de gastos". Mas sempre que o governo acena com empréstimos paternalistas (ou mesmo doações, sob o título de pacote anti-crise sistêmica), os mesmos colunistas e editorialistas reagem com indisfarçável entusiasmo.

E ontem (ou anteontem) Arnaldo Jabor comete mais uma fraude jornalística. Diz que o governo Lula não se preparou para a atual crise financeira americana. Naturalmente, sob patrocínio da família Marinha, usa o palanque para fazer propaganda ideológica do PSDB e do governo FHC. O país, sob a tutela de FHC, acumulou uma trilionária dívida pública externa e interna quase inteiramente atrelada ao dólar. Se a crise fosse hoje, o Brasil, literalmente, teria sua espinha dorsal rompida. Lula não só pagou inteiramente a nossa dívida externa, como desdolarizou a dívida pública interna. O que temos hoje são reservas internacionais em dólar, de forma que, com a alta da moeda americana, nossas reservas dispararam. Ou seja, estamos com mais dinheiro hoje do que antes da crise. A bolsa de SP despencou, mas bolsa é para isso mesmo, para subir e descer.

Sou contra qualquer ajuda a bancos, pequenos, médios ou grandes. Eles que se virem sozinhos. Se é para haver ajuda, então que se estatize ou se transfira ações e carteiras de clientes para o Banco do Brasil. É um absurdo que, num país onde existem ainda milhões de pessoas se alimentando mal e onde o principal programa assistencial, o Bolsa Família, distribui um valor irrisório para as famílias (máximo de 120 reais), de R$ 17 a R$ 107, uma ninharia tão acidamente criticada pelos segmentos conservadores, os mesmos segmentos agora venham defender ajuda para especuladores que se deram mal na bolsa de valores.

O dinheiro da bolsa não desaparece. Os valores migram para outros segmentos: para imóveis, terras, ouro, indústrias de base, para títulos públicos (ou seja para os governos). O estouro da bolha é sempre benéfico para as economias reais. Os fundamentos da economia global não são apostas financeiras, mas a produção de tecnologia, aço, soja, petróleo, alimentos, autopeças. A crise financeira global tem uma razão de ser e será benéfica para desmistificar o poder dos mercados. A civilização não pode depender de mercados de risco, não pode depender de bolsa. Precisamos de governos fortes. Precisamos de organizações internacionais fortes que não estimulem a especulação e sim os fundamentos de cada economia.

O Brasil seguramente sairá mais fortalecido dessa crise, porque a sua economia é diversificada e possui um mercado interno suficiente para viver autonomamente. Se o mundo inteiro acabasse e só restasse o Brasil, teríamos alimentos, petróleo, água, minério de ferro, suficientes para toda a eternidade. Teríamos um déficit de tecnologia que a necessidade nos obrigaria a superar rapidamente. A civilização humana evolui aos trancos, superando dificuldades. A crise financeira americana, para começo de conversa, representa um tremendo desgaste ideológico para o tipo de capitalismo lobbista, mafioso, privatista e concentrador, um capitalismo aqui defendido pelo PSDB e DEM, que produz monstros como Daniel Dantas. No capitalismo neo-con, bancos e especuladores têm cada vez mais liberdades e o cidadão comum cada vez menos. É uma fraude ideológica, assim como foi o governo FHC. Falavam em reduzir impostos, mas foram os tucanos, assim como Bush nos EUA, que patrocinaram o maior aumento da carga tributária da história recente do Brasil. A carga tributária brasileira passou de 25,09% em 1993, último ano do governo anterior à FHC, para 35,53% em 2002, último ano da gestão tucana. Um aumento de 42%! Já sob Lula, a carga tributária passou dos já citados 35,53% em 2002 para 37,37% em 2005 (último ano apurado pela Receita), aumento de 5%. Quem aumenta mais imposto?

Bush faz a mesma coisa. Prega o Estado mínimo e redução de gasto, e patrocinou o maior aumento de gastos públicos da história norte-americana, com a guerra contra o terror, e a guerra contra o Iraque. FHC fez aqui também. Os tucanos falam em redução de gastos públicos, mas o Estado nunca gastou tanto como em sua gestão - com a diferença que não gastavam com melhores salários, programas sociais, programas industriais, estradas, hidrelétricas, prospecção de petróleo no fundo do mar e financiamento à agricultura familiar, como faz Lula. Não, o governo gastava tudo com juros de dívida pública, doação aos bancos e para cobrir o rombo financeiro de sua política cambial incompetente. O neo-liberalismo é um capitalismo para enganar trouxas, leia-se classe média, que nunca sofreu tanto como sob sua batuta. A única vantagem que o neo-liberalismo proporciona à classe média é que ele ferra tanto mas tanto os pobres, que esses não têm condições de disputar com ela o mercado de trabalho, sobretudo as vagas no serviço público. Por outro lado, o neo-liberalismo não respeita o serviço público - veja a humilhação que o governo de São Paulo impõe a seus servidores (os policiais de São Paulo, em greve, só fazem BO – PHA), pagando-lhes os piores salários do país, mesmo sendo o Estado mais rico.

Em tempo: hoje, sábado 11 de outubro, a Miriam dissemina o pânico no Globo com a ajuda de dois economistas candidatos ao Prêmio Nobel. Luiz Carlos Mendonça de Barros, que Fernando Henrique Cardoso demitiu ao ser apanhado nos grampos que mostravam as vísceras da privatização (leia-se Daniel Dantas), e Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central num período sinistro de taxas de juros estratosféricas, câmbio super-desvalorizado e risco Brasil da altura do Empire State. Armínio e Mendonça de Barros representam a genial política econômica de Fernando Henrique. Tão genial, que nenhum candidato à sucessão dele – nem o candidato dele, José Será – defendeu ... (PHA)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Depois da reeleição??


Em entrevista após a reeleição para o PIG (partido da Impensa Golpista) sobre seus proximos planos para Chapecó???

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O urro das urnas

PP assumiu o lugar do DEMo. PSDB diminuiu de tamanho e PT cresceu, além de outros partidos menores que também cresceram como PCdoB, PSB e PDT.

Diante disso é simplismo dizer que a boa avaliação do governo federal não transferiu votos. Não tranferiu 100% dos votos, mas um pouco influiu. Senão como explicar a subida dos partidos da base governista e decadência do DEMos e dos Tucanos?

Além disso, muitos candidatos não venceram, mas subiram bem no final da campanha e tiveram votação expressiva, como a Fátima Bezerra, em Natal.

Vitórias no 1o. Turno:

PMDB 1180
PSDB 772
PP 544
PT 537
DEM 491
PTB 408
PR 378
PDT 339
PSB 306
PPS 129
PV 72
PSC 60
PRB 52
PMN 43
PC do B 40
PRP 16
PSL 15
PTN 15
PHS 13
PTC 13
PRTB 11
PSDC 8
PT do B 8
PCB 0
PCO 0
PSOL 0
PSTU 0

Vitórias em Capitais no 1o. turno:

PT 6
PMDB 2
PSB 2
PSDB 2
PC do B 1
PP 1
PV 1
O DEMos não conquistou nenhuma capital no primeiro turno.


Vitórias em cidades com mais de 200 mil eleitores no 1o.turno:

PT 12
PMDB 8
PSDB 8
DEM 4
PDT 4
PP 3
PC do B 2
PSB 2
PR 1
PV 1


Número de cidades em disputa no 2o. turno:

PT 15
PMDB 10
PSDB 10
PSB 6
PP 3
PTB 3
DEM 2
PPS 2
PR 2
PC do B 1
PDT 1
PV 1

O número de votos nacionais por partido não está disponível ainda, mas PT e PMDB foram os grandes vitoriosos. O PMDB com uma votação mais dispersa em muitos municípios. O PT com votação mais concentrada nos grandes centros: capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores.
Os tucanos ainda conseguiram mostrar fôlego, mas perderam espaço para o PMDB.
O DEMo confirmou a decadência, sendo rebaixado do G4 (quatro maiores partidos).

Luciane Carminatti


Não posso deixar de registrar a minha alegria pela Vitória, com "V" maiúsculo, da veradora Luciane Carminatti, em Chapecó-sc. Seu êxito se torna ainda mais impressionante se analisarmos que ela derrotou uma das maiores máquinas políticas e empresariais, lutando contra a maquina DEMOTUCANA. Ao vencer,e nas condições em que enfrentou a luta, Luciane Carminatti,converte-se em motivo de alegria para todos os petistas de Chapecó. Ex- vereadora, compôs chapa a vice junto com Claudio vignatti em 2004, foi Pres. do diretório municipal, militante aguerrida e mulher lutadora, ao ganhar a eleição de vereadora em nossa cidade, ela se converte em símbolo da garra petista e da militância em todo o Oeste Catarinense . Foi uma bela vitória Luciane! vc é uma brasileira petista exemplo de luta e batalha, mulher que não foge do front. Espero que seu mandato se converta em realizações para todos seus eleitores e todo o povo chapecoense.

"O horizonte, linha perfeita e segura,fronteira do destino que se renova eternamente e que abriga nossos objetivos, passou a ser o meu ponto de apoio e companheiro de viagem. Enquanto estivesse á vista, sentia-me disposto e em segurança; mas, quando desaparecia ou tornava-se ondulado, sabia que era melhor amarrar bem os remos antes de ir dormir" (AMYR KLIK.)"BOA LUTA"

segunda-feira, 6 de outubro de 2008



Passada as eleições municipais retorno ao meu trabalho novamente, pois dele que tiro meu sustento, da política levo apenas conhecimento de campo e tentando entender o eleitor: qual sua razão em votar? Mas esta política em nosso município teve algo diferente das demais campanhas que já fiz, essa mostrou a face mais repugnante da política, enfrentamos um candidato que na realidade é um apresentador de TV e não um prefeito, ancorado com quê tem de mais ruim e perverso se mostra um cordeiro quando na verdade é um lobo,tendo o apoio ir restrito do PIG, da Maçonaria, dos grandes empresários, se corrompeu em meio as tentações do dinheiro fácil, por meio de negociatas nada confiáveis, expondo seu lado sarcastíco fez alusões em tão de brincadeira que no meu entender nem o deveria ter feito mesmo em brincadeira, se mostrou arrogante se auto dominando um prefeito de verdade, reuniu ao seu lado tudo que a de repugnante, com candidatos a vereadores fazendo uma verdadeira distribuição de favores aos eleitores, com compra de votos em dinheiro, vale gasolina ,vale rancho,vale tijolo, e até estremução para céu com gestos que o Brasil inteiro viu...se reelegeu e com ele levou uma leva de vereadores que nada tem de identificação com o povo menos favorecido, uma verdadeira privataria do dinheiro publico e por isso estou de luto

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