domingo, 31 de agosto de 2008

"Socialismo"


Essa imensa multidão ordena-se; a sua ordem responde à consciência da necessidade do mesmo; já não é força dispersa, divisível em milheiros de frações disparadas ao espaço como fragmentos de granada, tratando de atingir por qualquer meio, em dura luta com os seus iguais uma posição, algo que permita apoio frente ao futuro incerto.

Sabemos que há sacrifícios diante de nossa rota e que devemos pagar um preço pelo fato heróico de constituir uma vanguarda como nação. Nós, dirigentes, sabemos que temos que pagar um preço por ter direito a dizer que estamos à cabeça do povo que está à cabeça de América.

Todos e cada um de nós paga pontualmente a sua quota de sacrifício, conscientes de receber o prêmio na satisfação do dever cumprido, conscientes de avançar com todos face ao homem novo que se vislumbra no horizonte.

Permita-me tentar umas conclusões:

Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais plenos; somos mais plenos por sermos mais livres.

O esqueleto da nossa liberdade completa está formado, falta a substância proteica e a roupagem; criaremo-las.

A nossa liberdade e o seu sustém quotidiano tem cor de sangue e estão cheios de sacrifício.

O nosso sacrifício é consciente; cota para pagar a liberdade que construímos.

O caminho é longo e desconhecido em parte; conhecemos as nossas limitações. Faremos o homem do século XXI nós mesmos.

Forjar-nos-emos na ação quotidiana, criando um homem novo com uma nova técnica.

A personalidade joga o papel de mobilização e direção em quanto encarna as mais altas virtudes e aspirações do povo e não se separa da rota.

Quem abre o caminho é o grupo de vanguarda, os melhores entre os bons, o partido.

A argila fundamental da nossa obra é a juventude: nela depositamos a nossa esperança e preparamo-la para tomar das nossas mãos a bandeira.

Se esta carta balbuciante aclarar alguma coisa, cumprirá o objetivo com o qual a mando.

Recebe a nossa saudação ritual, como um aperto de mãos ou uma "Ave Maria Puríssima": Pátria ou morte.

[ Parte do texto dirigido a Carlos Quijano e publicado no semanário Marcha, Montevidéu, março de 1965]

Ernesto “Che” Guevara (1928-1967), médico argentino, conheceu Raúl Castro, em 1954 no México, que o apresentou a Fidel Castro, tendo sido um dos comandantes do foco guerrilheiro da Sierra Maestra que germinou de 1956 a 1959 a Revolução Cubana.

[Com a vitória da Revolução em Cuba, Che tornou-se cidadão cubano em 1959. Torna-se uma das mais importantes lideranças do novo governo cubano. Foi Presidente do Banco Nacional de Cuba e Ministro da Indústria. Fiel à sua palavra de ordem "Criar um, dois, três, muitos Vietnam" deixou todos os cargos que exercia em Cuba e vai para a África ajudar à guerrilha do Congo e logo depois segue para a Bolívia onde tenta implantar um foco de guerrilha rural. Intensamente perseguido pelo exército boliviano comandado por norte-americanos, é preso em 8 de outubro de 1967 e, no dia seguinte, foi assassinado com 9 tiros. Em 1997, seus restos mortais foram localizados e transferidos para Cuba, onde foi enterrado na cidade de Santa Clara, palco de importante batalha que ele comandou contra a ditadura de Fulgencio Batista

sábado, 30 de agosto de 2008

Depois da política


Chego a casa e reparo que o computador esteve todo o dia ligado.

Email, dois ou três blogs e o cheiro a tabaco no cabelo depois de uma noitada de beirões, conversa, parabéns, risadas e muita amizade.

O dia hoje foi intenso com vários picos.

Um dia com muitas horas em que o acordar parece ter sido anteontem.

Vou tirar o cheiro a tabaco e o sabor de vodka dos lábios e já venho…

Neste intervalo me veio a mente que de tudo vale apena.....

"Recomeça...se puderes,sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, da-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade."

Justiça proíbe uso da imagem de Lula por quem não é do PT



No passado, Lula era criticado, zombado, humilhado...Hoje, até os políticos safados e corruptos da DIREITA estão querendo pegar carona na imagem do torneiro mecânico presidente

Fé e eleições

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Saindo na frente


Mais uma vez a coligação. "Quero Chapecó para todos". Sai na frente e disponibiliza para os internautas e a todos que interessar seu site para as eleições com uma linguagem fácil de se assimilar e que deixa todos os socialistas e simpatizantes da frente popular satisfeitos. A final de contas já era hora de termos esse meio de comunicação a disposição e não ficarmos atrelados a um PIG que a meu ver é uma imprensa sensacionalista e representa tudo que de ruim tem em nosso município.

De hoje em diante basta vcs clicarem no link ao lado que irão entrar automaticamente na pagina do site www.josefritsch13.can.br

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A mentira de verdade


Em Chapecó, continua a velha pratica na política das promessas em cima de promessas, tendo em vista que números, o projeto a reeleição do candidato " Demotucano" não consegue expor com clareza, e quais as obras que realmente foram feitas por ele, e agora passa a prometer o que jamais acontecera que é o caso de levar Internet grátis a todo cidadão dos bairros de nosso municipio. Agora resta saber se o povo realmente quer este projeto neoliberal na qual os interesses dele é agradar a pequenos grupos de interesses escusos e tentar passar para o povo projetos jamais realizáveis com falsas promessas. Ou tentar remeter outro projeto que realmente defenda os interesses da população. "PENSE NISTO ELEITOR FAÇA VALER SEU VOTO"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Um mundo diferente"

Estou num mundo diferente
Os sinais que se passaram, hoje estão em mim
Vejo o que passou, o que me fez assim
Viver num mundo mais real, natural e abrangente
Estou neste mundo diferente
Onde a minha paz me dá a força protetora
Que me afasta da tristeza e da ira
Destruidora de universos
E o meu verso já não mente, não se afoba, só aprende
Estou no mundo diferente
Onde a paz, de repente, sai voando
E a paciência some e a ira me consome
O sangue sobe, pressionando a cabeça e a mente
Na mesma fração de tempo noto
Então retoco à posição ativa
Que só é possível na observação passiva
Sei que são sinais da Nova Era
E a intuição avisa o que acontece em nossa esfera
Os fracos vão sentir mais dor, adoecer
E os fortes vão ser mais Amor, vão fortalecer
Um mundo de esperança que não morre
Pois a esperança é a evolução, revolução no coração
E estamos aqui fazendo tudo acontecer
Isto é inevitável, irreversível
O tempo não importa, só Amar
Só depende de nós pra expansão do infinito continuar
Então Ama, e não reclama
Adora, e não chora
Não queira ser, apenas seja
E virá o que deseja
Antes de ensinar esteja aprendendo
E pra aprender não viva sonhando
Ao contrário, sonhe vivendo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"Aquatofana"

Depois de uma noite pretenciosa a chover, plenária do PT, vodka e cerveja com amigos, conversa da boa que não faltara, carona com colega peguei porque? Meu meio de locomoção deixei pro futuro papai, logo em minha mão celular e numero de pessoa com corpo cheirando a "aquatofana" liguei, com tratamento de rei fiquei, prazer por horas passei e de Paulo Queiroz poeta por demais apaixonado, poema transcrevo pra vcs.

Obs: Se com palavras de poeta falei, foi por noite bem dormida com "aquatofana" passei, hehehehehhehe



"RESPONDE-ME, MINHA PARCA AMANTE"
(Paulo Queiroz)

E se eu me forjar um amante sem medidas, e conceber que tu és a minha deusa, despida, fêmea de desejos e esperanças? E se eu transcender àquelas velhas formas de amar, somente para tê-la aqui dentro como se fosse uma gelha na face feliz do meu coração? Teria eu o teu amor para sempre? Ou te farias morte para os meus sonhos de homem? Responde-me, minha parca amante.
E se eu escapasse da reputação e preterisse as coisas mais essenciais que construí ao longo da vida, somente para cortejar-te, seria eu feliz? Ou estaria condenado aos eventuais pesares de te esperar numa inquietude de saudade e sofreguidão? E depois, se eu me entregasse como se não houvesse alternativa para viver, e acreditasse piamente que tu és vida, sendo deusa, parca, e se tu me dissesses insistentemente que me amas, e me pedisses o corpo, a alma, o espírito como presentes teus e, como num logro, me surpreendesses com comportamentos pérfidos? E então, eu morreria? Responde-me, minha parca amante.
Admita: dei-me a ti, como se dá a um Deus a oblação mais perfeita que há entre os mortais; sofri, todavia... Hoje, brado súplicas tão silenciosas, em solidão, como se meus gritos não alçassem aos céus, e sem forças para subir, caíssem em meus próprios ouvidos, como ao Rei Davi ocorreu. E num regresso triste, gritos de amor... de remorso... talvez de fúria... de morte...
Mas, é lastimoso isso, não? Sim, pois, senão, lembra-te, quando pedistes o meu amor e a minha vida? Eu indaguei-te, num evidente despreparo para a paixão: e se tudo o que eu sonhei, tudo o que construí, tudo o que criei, imaginei, se tudo isso contrariar os teus desígnios e projetos de vida? E se todos os meus amores forem postos de lado, os amigos, a família, por teu amor? Tudo por ti, como será? Serei recompensado com a tua presença constante nas lacunas da minha carne? Ou dirás: o amor tem dessas coisas, não se pode prever sua longevidade... Dirás?
E se eu chorar te esperando, e de nada que eu faça consiga saber onde estás? E se, ainda assim, não haja, ao te encontrar, aplacação para os instantes de aflição e saudade; devo prantear, ou recolher-me ao conformismo de que a escolha foi minha? O que farei?... Diz-me, minha parca amante... E se num sonho mui aprazível, regozijante eu, de fato, ver-te minha amada-nua? E se eu gozar duma esperança desmedida, do sentimento mais frugal, e no despertar tu te fizeres parca? E se tu te vestires de morte de amor, como farei depois? Diz-me.
Responde-me, minha parca amante: o que devo pensar do medo? O que devo pensar da inaptidão para o amor? Ensinarás a mim suportar o sofrimento por ti, meu amor? Ensinarás a mim acolher inerte e indolente a morte da minha alma? Ou, fria'mante, dirás: a escolha foi tua?! Dirás? Se fores dizer-me, digo a ti antes: não devias ter-me pedido amor, minha parca amante.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Será que é esta a proposta que Chapecó quer



Este é o legitimo voto cabresto, tá se arrastando mas defende velhas praticas nada confiáveis para os tempos modernos de hoje. Com o inicio do programa eleitoral em nossa cidade deu pra se ter uma ideia que nosso prefeito atual não administrou nossa cidade com seriedade, mas sim com um exibicionismo de apresentador de TV. Que na minha opinião nunca deveria deixar de ser. Quero ver como ele vai dizer para o cidadão que esperou até hoje por uma casa para morar e não conseguiu,quanto foi o valor que ele gastou pra montar um verdadeiro studio de TV nos moldes da rede globo.
E agora João como se explica isso pro cidadão que não tem nem teto pra morar.

Devaneios sinceros


Procura-se objeto inexistente

O objeto em questão é uma pequena caixa oblonga. Pode ser de madeira ou papelão reforçado, ao estilo de uma tabaqueira ou caixinha de rapé. É importante que tenha uma tampa removível que a deixe bem cerrada. Nela, deve-se poder guardar as lembranças afetivas, as saudades e os devaneios, para que nunca se desvaneçam. E é preciso ainda que lá caibam as esperanças. Deve ter uma aparência sedutora, como a boceta de Pandora. Mas é imprescindível que não origine males dissimulados.

domingo, 17 de agosto de 2008

Entrevista com Deus


Disse Deus: - Então queres me entrevistar?
Respondi: - Se tens algum tempo pra mim...
Ele disse: - O meu tempo chama-se eternidade. Que queres?
Respondi: - Nada que seja muito difícil para Deus! Quero saber o que mais te diverte nos seres humanos?
Deus respondeu: Eles fartam-se de ser criança e têm pressa por crescer e depois suspiram por voltar a ser criança...Primeiro perdem a saúde para ter dinheiro e,logo em seguida, perdem o dinheiro para ter saúde...
Pensam tão ansiosamente no futuro que descuidam do presente,
assim nem vivem o presente e nem o futuro...
Vivem como que se fossem morrer e morrem como
se não tivessem vivido!

sábado, 16 de agosto de 2008

A CRIAÇÃO


Diz que Deus criou o burro e disse: “Trabalharás incansavelmente de Sol a Sol, carregando fardos nos lombos. Comerás capim , não terás inteligência alguma e viverás 60 anos. Serás burro”.

Aí o burro respondeu: “Serei burro, mas viver 60 anos é muito, Senhor. Dá-me apenas 30 anos”. Deus lhe deu 30 anos e o bacana mesmo é o burro falar “dá-me”, demonstrando erudição no trato com o idioma.

Depois, Deus criou o cachorro e ordenou: “Vigiarás a casa dos homens e serás seu melhor amigo. Comerás os ossos que ele te jogar e viverás 20 anos. Serás cachorro” (observem que o Altíssimo evitou a palavra cão, talvez para não promover o Coisa Ruim). O cachorro afirmou: “Senhor, comerei ossos, mas viver 20 anos é muito tempo. Dá-me 10 anos”. Deus concordou com o pleito e lhe deu 10 anos.

E, antes de descansar no sábado (Deus também não é de ferro), o Senhor criou o macaco e falou: “Pularás de galho em galho, fazendo macaquices, serás divertido e viverás 20 anos. Serás macaco”. O macaco comentou: “Senhor, farei macaquices engraçadas, mas viver 20 anos é muito. Dá-me apenas 10 anos. Repleto de bondade e compreensão, virtudes que faltam a certos governantes, o Altíssimo concordou com a solicitação do macaco, concedendo-lhe o tempo de vida de apenas 10 anos.

Depois de tantas criações corretas e notáveis, adivinhem, caros leitores, o que Deus criou em seguida. O Arquiteto do Universo fez o homem. E, sem papas e bispos na língua (ainda não havia o clero), Deus falou alto e bom som, com sua voz tonitruante:“Serás o único ser racional sobre a face da Terra, usarás tua inteligência para te sobrepores aos demais animais e à Natureza. Dominarás o Mundo e viverás 30 anos”.

O homem respondeu:“Senhor, serei o mais inteligente dos animais, mas viver 30 anos é muito pouco. Dá-me os 30 anos que o burro rejeitou, os 10 anos que o cachorro não quis e, também, os 10 anos que o macaco dispensou”.

Deus concordou com a reivindicação apresentada pela nova criatura. “Está bem, viverás 30 anos como homem. Casarás e passarás a viver 30 anos como burro, trabalhando para pagar as contas e carregando fardos. Serás aposentado pelo INSS, vivendo 10 anos como cachorro, vigiando a casa. Depois, ficarás velho e viverás mais 10 anos como macaco, pulando de casa em casa, de um filho para outro, e fazendo macaquices para divertir os netos”. E mais o Senhor não disse nem lhe foi perguntado.


Sandro Villar

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Repensar sempre


O poder capitalista conseguiu sobreviver à explosão esquerdista do final do séc. XIX e princípios do séc. XX mediante, sobretudo, um “contra ataque” ideológico sustentado no poder do controle de massas (aprendido e desenvolvido com as experiências fascistas), coadjuvado com a caída do modelo socialista nos países de leste.

Os meios de comunicação de massas converteram-se na principal ferramenta do sistema, na medida em que lhes permite controlar a forma de pensar das pessoas. Nunca, em toda a história do sistema, este possuiu tantos meios para controlar o pensamento global. Assim se impôs o pensamento único. O sistema capitalista conseguiu enganar massivamente o povo, (fazendo-o acreditar que tem o poder) através de democracias “controladas”, onde não tem medo de lhe perguntar o que pensa porque, previamente, se encarregou de fazer com que o povo pense o que ele quer.

O capitalismo conseguiu criar na maioria dos cidadãos a falsa ideia de que vive em democracia e liberdade, que a esquerda forma parte do sistema, de que existe pluralidade, quando na realidade a democracia é verdadeiramente escassa, onde a liberdade continua sendo uma utopia e a esquerda transformadora (cujo objectivo básico é transformar as sociedades para melhoria das condições de vida da maioria das pessoas), a verdadeira esquerda, tende a desaparecer do mapa político.

Por suposto, para além do controlo dos meios de comunicação, que se converteram em autênticos “fazedores” de opinião, e que usam para fomentar o bipartidarismo, o sistema tem os seus próprios “mecanismos legais de defesa” para que as chamadas democracias representativas não permitam o acesso ao poder de forças políticas “perigosas”. A famosa lei eleitoral que pretendem implementar é disso exemplo. Elaborada para fomentar o bipartidarismo e relegar à marginalidade as forças políticas “non-gratas”, um sistema de financiamento que faça depender os partidos, por um lado do poder económico e por outro do Estado, de tal maneira que se um partido não chegar a ter representação nas instituições, não é financiado pelo Estado e que só podem chegar a essas instituições os partidos que tenham promoção suficiente, ou seja aqueles que recebam o financiamento suficiente por parte do poder económico (pescadinha de rabo na boca) proibindo na prática (ainda que nunca em teoria) o acesso às instituições a partidos não controlados pelo poder económico.

Ainda assim, nalguns países, quando tais “mecanismos” não impedem a chegada ao poder político de uma força que vá contra o poder económico, o “capitalismo internacional” encarregar-se-á de colocar a lenha na fogueira, para acossar e desprestigiar o governo desses países, através de campanhas mediáticas internacionais (a guerra mediática ou terrorismo mediático), inclusivamente através de operações de destabilização interna.

O capitalismo aprendeu a lição com a história recente e sabe que não pode permitir-se o luxo de deixar que a esquerda triunfe onde quer que seja, num mundo cada vez mais globalizado como o nosso.

Nesta lavagem cerebral que o capitalismo tem feito nas últimas décadas, procurou-se fomentar aquelas características do ser humano que interessam ao sistema (egoísmo, individualidade, passividade, submissão, conformismo, pensamento de grupo ou “mansidão intelectual”, estupidez, cobardia, comodismo…) e reduzir ou eliminar o mais possível, aquelas características do ser humano que não interessam (altruísmo, solidariedade, activismo, rebeldia, pensamento crítico e livre, inteligência, curiosidade, independência, inquietude, optimismo, valentia…). Em certa medida conseguiram impor a hegemonia cultural do capitalismo. O sistema conseguiu colocar a maioria da população endividada (portanto subjugada), dificultando-lhe (ainda que não impedindo por completo) o acesso a certas necessidades básicas como a habitação e criando-lhe necessidades artificias mediante o consumismo ilimitado.

:::::::::::: OS DESAFIOS DA ESQUERDA :::::::::::::

Cada vez mais temos de tomar consciência da importância da esquerda no mundo atual em que vivemos. É imprescindível que a sociedade se consciencialize desse facto, de forma a conseguir desviar a rota do planeta por um outro caminho mais justo, mais igual e mais livre para todos. A nossa civilização corre perigo não só pelas alterações climáticas, mas também devido aos grandes desequilíbrios socio-económicos. Um mundo com tantas desigualdades crescentes é cada vez mais instável e a instabilidade implica perigo de existência. Se é certo que a sociedade actual ocidental (o terceiro mundo merece uma menção à parte) já não padece das graves desigualdades do princípio do séc. XX, também é certo que a maior parte das causas que deram origem às revoluções nessa época, continuam vigentes.

Continuam a existir grandes desigualdades sociais, mas o mais preocupante é que, de uma época com tendência à diminuição dessas desigualdades (por iniciativa da esquerda), passámos a uma época em que, pelo contrário, as desigualdades tendem a aumentar (por iniciativa da direita). A este facto temos de acrescentar o retrocesso nos direitos laborais (fundamentalmente), o esvaziamento da saúde no plano social e o crescente desemprego. A esquerda é imprescindível para, em primeiro lugar, manter as conquistas sociais que tanto custaram a conquistar, e em segundo lugar, para conseguir todos aqueles objectivos justos e legítimos que não se puderam alcançar. A esquerda defende uns ideais que beneficiam a maioria da humanidade em detrimento de uma minoria que, em qualquer caso perderiam os seus privilégios mas, uns privilégios injustos.

Pelo atrás exposto, é fácil deduzir que a esquerda tem pela frente uma árdua tarefa a nível nacional e internacional. São muitos os desafios que tem de enfrentar.

Prioritariamente, deve centrar-se na conquista das liberdades de imprensa e de expressão. Deve lutar para que os meios de comunicação não estejam monopolizados pelo poder económico e sejam livres de qualquer manipulação. Enquanto estas não existirem verdadeiramente, os princípios ideológicos da esquerda nunca poderão chegar à maioria da população. A esquerda deve tentar, por todos os meios possíveis e com inteligência, imaginação, originalidade e insistência, fazer-se ouvir. Deve remar contra a maré mais do que nunca, ser mais activa do que nunca em todas as frentes, aproveitando as possibilidades das novas tecnologias da informação como a Internet (participando em todos os fóruns possíveis, inclusivamente nos dos meios de comunicação oficial) sem nunca descuidar as “velhas formas de activismo”.

Porque o Mundo é de todos e não só de alguns!

Por Magnolia - Portugal

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Os 10 objetivos de ação para o Fórum Social Mundial 2009


Entre 10 e 12 julho, integrantes da Comissão de Metodologia do Conselho Internacional e do Grupo Facilitador local estiveram reunidos em Belém para avaliar as respostas à consulta realizada entre maio e junho e definir o conjunto final dos objetivos de ação dos participantes do FSM 2009. A consulta proposta pelo Conselho Internacional do FSM buscava ampliar ou adequar os objetivos de ação para o evento de 2009.

Em torno destes objetivos serão organizadas as diversas atividades (conferências, painéis, seminários, oficinas entre outras) no evento de Belém. Confira a lista de objetivos em torno dos quais serão organizadas as atividades no território do Forum de Belém. Destacadas em negrito estão as adições feitas aos objetivos definidos originalmente para o FSM 2007, realizado em Nairóbi (Quênia).

1. Pela construção de um mundo de paz, justiça, ética e respeito pelas espiritualidades diversas, livre de armas, especialmente as nucleares;

2. Pela libertação do mundo do domínio do capital, das multinacionais, da dominação imperialista patriarcal, colonial e neo-colonial e de sistemas desiguais de comércio, com cancelamento da dívida dos países empobrecidos;

3. Pelo acesso universal e sustentável aos bens comuns da humanidade e da natureza, pela preservação de nosso planeta e seus recursos, especialmente da água, das florestas e fontes renováveis de energia;

4. Pela democratização e descolonização do conhecimento, da cultura e da comunicação, pela criação de um sistema compartilhado de conhecimento e saberes, com o desmantelamento dos Direitos de Propriedade Intelectual;

5. Pela dignidade, diversidade, garantia da igualdade de gênero, raça, etnia, geração, orientação sexual e eliminação de todas as formas de discriminação e castas (discriminação baseada na descendência);

6. Pela garantia (ao longo da vida de todas as pessoas) dos direitos econômicos, sociais, humanos, culturais e ambientais, especialmente os direitos à saúde, educação, habitação, emprego, trabalho digno, comunicação e alimentação (com garantia de segurança e soberania alimentar);

7. Pela construção de uma ordem mundial baseada na soberania, na autodeterminação e nos direitos dos povos, inclusive das minorias e dos migrantes;

8. Pela construção de uma economia centrada em todos os povos, democratizada, emancipatória, sustentável e solidária, com comércio ético e justo;

9. Pela ampliação e construção de estruturas e instituições políticas e econômicas – locais, nacionais e globais – realmente democráticas, com a participação da população nas decisões e controle dos assuntos e recursos públicos;

10. Pela defesa da natureza (amazonica e outros ecossitemas) como fonte de vida para o Planeta Terra e aos povos originários do mundo (indígenas, afrodescendentes, tribais, ribeirinhos) que exigem seus territórios, linguas, culturas, identidades, justiça ambiental, espiritualidade e bom viver.

Para o FSM 2009, será possível também inscrever atividades auto gestionadas de balanços dos movimentos altermundistas e do processo FSM e sobre as perspectivas de ambos, que não se vinculem necessariamente a um destes dez objetivos específicos.

Como participar do FSM 2009
As inscrições para o FSM 2009 começam na segunda quinzena de agosto e serão feitas exclusivamente através do site FSM2009amazonia. O primeiro momento será dedicado ao cadastramento das atividades autogestionadas. De acordo com a Carta de Princípios do Fórum Social Mundial, somente organizações podem inscrever atividades. Em um segundo momento, acontecem as inscrições de participantes individuais e veículos de mídia.


* As informações são da Comissão Organizadora do Fórum Social Mundial

domingo, 10 de agosto de 2008

As mãos de meu pai


Todo ano, quando chega o dia dos pais, eu me lembro de uma poesia de Mário Quintana que refelte exatamente as mãos de meu pai, hoje com 67 anos. Aproveito para homenagear a todos os pais que frequentam este espaço, com o desejo de que tenham um feliz dia.

AS MÃOS DE MEU PAI

As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
Sobre um fundo de manchas já da cor da terra -
Como são belas as tuas mãos
Pelo quanto lidaram, acariciaram
Ou fremiram da nobre cólera dos justos...

Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
Essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer,
Quando elas repousam nos braços da tua cadeira predileta,
Uma luz parece vir de dentro delas...

Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
Vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
Como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah! Como os fizeste arder, fulgir, com o milagre das tuas mãos!

E é, ainda, a vida que transfigura as tuas mãos nodosas...
Essa chama de vida - que transcende a própria vida...
E que os Anjos, um dia, chamarão de alma.


Obs:A criança que esta com ele é o gabriel filho de um amigo ou melhor dizendo, um irmão de coração.

"Os muros rebeldes"


As paredes têm ouvidos. Vossos ouvidos têm paredes
mudas.

- A liberdade é o direito ao silêncio.

- Querem fazer-nos crer que ser é ter.

- Exagerar é começar a inventar.

- Todos somos judeus alemães. (Solidariedade com a prisão de Cohn-Bendit, deportado da França para a Alemanha.)

- Nossa esperança só pode vir dos sem-esperança.

- Todo reformismo se caracteriza pelo utopismo de sua estratégia e pelo oportunismo de sua tática.

- Burgueses: vocês não entenderam nada.

- Abramos as portas dos asilos, das prisões e das outras faculdades.

- Decreto o estado de felicidade permanente.

- A barricada fecha a rua, mas abre o caminho.

- Um homem não é estúpido ou inteligente. É livre ou não não é.

- Debaixo dos paralelepípedos, a praia.

- A beleza está na rua.

- Por uma instituição democrática na sociedade sem classes. Por uma instituição sem classes na sociedade democrática.

- Anistia: ato pelo qual os soberanos costumam perdoar as injustiças que cometeram.

- Não me libertes, eu me encarrego disso.

- A ação não deve ser uma reação, mas uma criação.

- Gozem aqui e agora.

- Corra, camarada, o velho mundo está atrás de você.

- Não mudemos de empregadores, mudemos o emprego da vida.

- O ato institui a consciência.

- Podemos tranqüilizar-nos: 2 + 2 já não são 4.

- Se você tem o coração à esquerda, não tenha a carteira à direita.

- As liberdades não se dão, se tomam.

- A emancipação do homem será total ou não será.

- Amai-vos uns sobre os outros.

- A imaginação não é um dom, mas um objeto de conquista. (André Breton)

- O álcool mata, tome LSD.

- Não é o homem, mas o mundo que se tornou anormal. (A. Artaud)

- Sejam realistas, peçam o impossível.

- É proibido proibir.

- Não façam a guerra, façam o amor.

- Desabotoem vossos cérebros tanto quanto desabotoam vossas braguilhas.

- Sós não podemos fazer nada.

- O Estado somos nós.

- Não à revolução com gravata.

- Toda visão das coisas que não seja estranha, é falsa. (Paul Valéry)

- Quando o Parlamento nacional se transforma num teatro burguês, todos os teatros burgueses devem se transformar em Parlamentos nacionais.

- Levamos a revolução a séria, mas não nos levemos a sério.

- O sagrado – eis o inimigo.

- As armas da crítica passam pela crítica das armas.

- Abaixo os jornalistas e os que os tratam com deferência.

- Façamos nós mesmos as nossas coisas.

- Deus é um escândalo, um escândalo produtivo. (Baudelaire)

- A liberdade do outro estende a minha até o infinito. (Bakunin)

- Aprender, aprender, aprender, para atuar e compreender. (Lenin)

- Nem um ápice de liberdade para os inimigos da liberdade.

- O dever de todo revolucionário é fazer a revolução. (Che)

- A morte é forçosamente uma contra-revolução.

- Proibido não colocar cartazes.

- A imaginação ao poder.

- Revolução, eu te amo.

- A insolência é a nova arma revolucionária.

- O homem não é o bom selvagem de Rousseau, nem o perverso da Igreja. É violento quando é oprimido e doce quando é livre.

- Só pode haver revolucionário onde há consciência.

- Nem dono, nem deus, deus sou eu.

- A obediência começa pela consciência e a consciência pela desobediência.

- Desejar a realidade, está bem. Realizar teus desejos é melhor.

- Os que falam de revolução e de luta de classes sem se referir à realidade cotidiana, falam de um cadáver na boca.

- Só a verdade é revolucionária.

- Os que seus desejos por realidades, acreditam na realidade dos seus desejos.

- A vergonha é contra-revolucionária.

- Jamais a perspectiva de gozar amanhã me livrará do tédio de hoje.

- A poesia está na rua.

- Quanto mais faço o amor, mais tenho vontade de fazer a revolução. Quanto mais faço a revolução, mais tenho vontade de fazer o amor.

- As pessoas que trabalham se chateiam. As pessoas que não trabalham, não se chateiam nunca.

- A liberdade é a consciência da necessidade. (Marx)

Só um monte de gente falando


A televisão fala para ninguém e ninguém escuta!

Artur de Carvalho

Volta e meia, quando chego em casa e encontro a família na frente da televisão, eu arrumo um lugarzinho por ali e, após alguns minutos tentando me inteirar do que eles estão assistindo, eu pergunto se não está passando nada melhor. Um filminho ou coisa do gênero. A resposta, quase sempre, é a mesma:

- Não, só tem um monte de gente falando.

Assumindo o controle remoto e dando uma zapeada pelos canais, eu confirmo o veredicto. Tirando um ou outro canal que tenta nos vender uma pulseira de jade ou a churrasqueira do George Foreman, nos outros, invariavelmente, tem um homem ou uma mulher discorrendo sobre algum assunto de extrema importância lá para eles. Uns estão numa discussão acalorada sobre o esquema de jogo utilizado pelo Corinthians no último clássico, outros comentando sobre a fragilidade do modelo energético brasileiro diante da crise do gás boliviano, e ainda outros discorrendo horas a fio a respeito da aplicabilidade no Brasil da bem sucedida experiência realizada nas penitenciárias da Suécia, nas quais os sistemas de som reproduzem, durante todo o dia, uma seqüência de músicas clássicas, de preferência Mozart ou Strauss.

Não que os assuntos não sejam interessantes. Muito pelo contrário. Todos os temas, se a gente prestar bastante atenção, têm lá seus atrativos. O grande problema é que ninguém ouve os caras. Todos eles ali, empinadinhos em suas poltronas, os homens quase sempre de terno e gravata, as mulheres abusando um pouco da maquiagem, imaginando que, com aquela entrevista, mudarão a maneira de pensar do restante da humanidade e que, a partir daquele dia, o caminho para progresso e a paz mundial será novamente retomado, tendo, é claro, ele mesmo como líder.

Uma bobagem. Ninguém muda o mundo. Nem a Madre Tereza de Calcutá, apesar de seus esforços, mudou o mundo. Ou você acha que a miséria e o sofrimento acabaram depois de tudo o que ela fez? Pois não acabaram. Continuou tudo na mesma. Assim como continuou tudo na mesma depois dos Beatles que, se imaginassem que a sua revolução terminaria no punk rock, provavelmente nem a teriam começado. Ou até mesmo Jesus Cristo. Será que ele se deixaria crucificar se soubesse que a Igreja Católica ia desandar de tal maneira que iria dar na Inquisição? Ou no escândalo dos padres pedófilos?

A verdade é que nós temos sorte de não dar ouvidos para esse monte de gente que teima em ficar falando na televisão, tentando mudar o mundo. O mundo é - como direi? - uma grande excrescência e, como tal, melhor não mexer muito com ele. Porque, na maioria das vezes, a única coisa que vamos conseguir é piorar o cheiro.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Coisas da Política - Distribuir para crescer



O que faz as revoluções não é o desespero, mas, sim, a esperança. Quando os povos se revoltam, revoltam-se na busca de uma vida melhor, em que haja mais pão e mais liberdade, que, juntos, significam dignidade. Mas as revoluções nem sempre se realizam com sangue e chumbo. Maria Auxiliadora Sampaio, de 28 anos, moradora de Fortaleza, foi assunto, na semana passada, do New York Times. Matéria assinada por Alexei Barrionuevo recolhe seu testemunho de vida, idêntico ao de milhões de outras pessoas, principalmente mulheres, que constituem a nova humanidade que emerge do chão do Brasil.

"Eu me sinto fazendo parte do povo que está subindo no mundo. Quando você não tem nada, não tem uma profissão, não tem de que viver, você não é ninguém, você é um mosquito. Eu não era nada. Hoje, estou no céu". Maria Auxiliadora recebia ajuda do Bolsa Família. Animada, há dois anos conseguiu um empréstimo de 190 reais e comprou um estojo de manicure. Trabalhando de casa em casa, formou sua clientela e hoje ganha quatro salários mínimos ao mês. Seu próximo passo será a compra de um equipamento de esterilização de seus instrumentos de trabalho – o que, provavelmente, melhorará os seus rendimentos.

Maria Benedita de Sousa, também de Fortaleza, que, há cinco anos arranjou um empréstimo do Banco do Nordeste, comprou duas máquinas de costura e iniciou pequena confecção de roupa íntima feminina. Hoje tem 25 empregados, produz 55 mil peças por mês, já comprou casa própria e vai comprar seu segundo carro. Antes disso, trabalhava em uma fábrica de jeans e recebia o salário mínimo.

Há menos de cinco anos, o Brasil estava longe de qualquer revolução, porque os pobres estavam desprovidos de esperança. Os programas sociais do governo, ao permitir modestíssima expansão do consumo, fizeram crescer o mercado interno – a única garantia de prosperidade nacional segura – e deram empuxo ao processo geral de desenvolvimento.

O governo, agindo pela pressão das circunstâncias, diante do quadro de miséria que ameaçava a boa ordem burguesa, atuou de forma a aliviar a situação. O mérito é das próprias pessoas beneficiadas pelos programas, as mais pobres do país, que, em sua maioria, decidiram usar a modesta bengala da ajuda a fim de saltar o círculo de giz e sair do desânimo para a esperança. A ajuda aos pobres não foi esmola, como muitos acreditavam que fosse, mas investimento econômico de resultados concretos. Há quem considere absurdo o fato de que alguns dos beneficiados pelo programa de Bolsa Família tenham comprado geladeiras e fogões a gás. É provável que tais críticos só admitam o benefício do conforto a alguns privilegiados e não a todas as pessoas. Durante o governo do senhor Itamar Franco – em reunião que discutia a idéia da privatização das estatais – o senhor Pérsio Arida disse que só deviam ter acesso aos benefícios da civilização os que pudessem pagar por eles. Esse raciocínio não é apenas condenável do ponto de vista humano; é um acinte à lógica do ponto de vista econômico. Henry Ford partiu da idéia de que seus trabalhadores deveriam ser compradores dos carros que produziam – e foi essa idéia que dinamizou o capitalismo americano.

Quem viaja pelo interior do Brasil sente hoje como a paisagem humana começa a ser outra. Diminui o número de mendigos nas ruas, as pessoas estão mais bem vestidas e, mesmo entre os mais pobres, a estatura das crianças começa a impressionar. As pessoas estão comendo melhor e, ao comer melhor, resistem melhor às enfermidades. O grande médico Samuel Pessoa, pai do saneamento básico no Brasil, costumava dizer que não há melhor remédio do que a comida.

O autor da reportagem cita alguns números, como o aumento do número de cartões de crédito que chegou, em junho, a cem milhões e a menor dependência do Brasil com relação ao mercado norte-americano. Nossas exportações para os Estados Unidos representam hoje 2.5% do PIB. As do México são de 25% do PIB, o que o torna muito mais vulnerável às crises centrais – e cíclicas – do capitalismo.

Os pobres, com sua resposta ao mínimo de incentivo do Estado, dizem aos ricos que a força do Brasil está na coragem e na inteligência de seu próprio povo. Para muitos desses pobres, como Maria Auxiliadora, bastam 200 reais a fim de abrir o caminho à dignidade de ser alguém – e não "um mosquito".


Mauro Santayana

sábado, 2 de agosto de 2008

O traidor


“Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos,

mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma.

Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente.

Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado.

E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe”.

(Discurso de Cícero, tribuno romano, 42 a.C.)

Este discurso estaria tão bem atualizado na política municipal, que serve como uma luva para o eleitor chapecoense pensar duas vezes antes de votar.

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