segunda-feira, 31 de outubro de 2011

TEXTO SOBRE ALDO REBELO

As últimas notícias sobre corrupção envolvendo o PCdoB recolocam luzes sobre a atuação de Aldo Rebelo (PCdoB/SP) em favor das alterações do Código Florestal Brasileiro (CFB). Mesmo na presidência do Congresso Nacional o parlamentar nunca demonstrou ter elã, parecendo mover-se às custas de cordéis, encenando "cota" do PC do B na teia governamental. Neste estilo, recebeu o projeto de alterações do CFB pronto, elaborado por mentes retrógradas, desprovidas de qualquer prudência ou bom senso com respeito à humanidade, ao ambiente e à sociedade de modo geral.
               No seu "site" Aldo se apresenta como "um operário da construção nacional, um jornalista, escritor e deputado federal..., cinco mandatos consecutivos", presidente da Câmara dos Deputados, ministro da coordenação política e líder do governo Lula. Hoje é citado como novo ministro do Esporte, mas já faz ginástica para que o seu nome não permeie o escândalo que melecou o ex-ministro e seu colega de partido, já que seu irmão foi citado no mesmo suposto esquema de desvio. Boa oportunidade para testar o fôlego de Aldo e aprimorar o novo esporte da Presidência da República; arremesso de ministros.
               No discursinho manhoso feito pelo Brasil em prol da destruição das nossas reservas naturais, afirmou que "precisávamos acabar com a fome no mundo", entretanto ainda não combinou com a colega senadora Kátia para que usem a tribuna pedindo a destinação de grãos para os que morrem de fome na devastada Somália e arredores. E ele sabe que já morreram mais de 30 mil pessoas, outras sofrem as dores da fome, mais perecerão e nada do Aldo se preocupar com a agonia deles. O parlamentar tem conhecimento (diz-se culto) que no mundo se produz alimento para saciar 12 bilhões de pessoas, onde vivem sete bilhões, mas se desperdiça um terço do gerado. Ele tem a exata noção que estes esfomeados não recebem o alimento excedente porque o preço do transporte "não compensa" e porque muito do produzido é para alimentar animais. Afinal, hoje, sementes são "commodities", ou seja, é negócio e tem que dar lucro! É lei do mercado!
               Nas peregrinações contra o CFB disse estar "estarrecido com o que viu por todo o Brasil", ou seja, deputado muito bem assalariado por 20 anos ele ainda não conhecia o Estado que se arvora representar, seria um inútil e um desperdício financeiro para os cofres públicos (aliás, como muitos o são).
               A prestação de contas eleitorais o aproxima, com o PCdoB, aos interesses de quem lhes financiaram campanhas. Seu total declarado revela campanha milionária - R$ 2.177.724.19 - dos quais, aproximadamente, R$ 627.000.00 vieram de empresas do agronegócio (Votorantim), bancos, construtoras (Camargo Corrêa) e metalúrgicas. Outros R$ 253.000.00 surgem do diretório nacional e comitê financeiro. O Comitê Eleitoral de São Paulo (base de Aldo) declarou arrecadação de R$ 2.878.686,84, e chama a atenção que aproximadamente R$ 982.000.00 provêm de empresas de mineração e do setor do agronegócio, como AMAGGI EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO LTDA, BUNGE FERTILIZANTES S.A., CELULOSE NIPO BRASILEIRA S.A, GOLDEN LEAF TOBACCO LTDA, KLABIN S.A., SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Outro milhão surge de comitês financeiros.
               No RS o partido declarou recursos eleitorais de R$ 1.545.354,59, dos quais R$ 80.000.00 vieram da BRASQUEM, R$ 100.000.00 da Fibria, R$ 80.000.00 da Ipiranga, R$ 9.500.00 da Jussara Cony, R$ 180.000.00 de Tarso Genro e surge (?) R$ 1.200.000.00 de "diretórios e comitês". Será este o motivo porque Tarso deu a SEMA ao PC do B, e por que Jussara senta na secretaria?
               Toda esta cordialidade política lambuza os senadores gaúchos. Convidados por movimentos ambientalistas para debater as alterações do CFB eles comprovaram que Brasília está muito longe do nosso RS e do povo. Fugiram de cena, evaporaram da vida pública, mas um dia farão a ginástica de pedir votos (e muitos os darão). O pessoal da senadora Ana Amélia inovou na República e dizem ter feito uma "audiência pública" na Expointer, ou seja, quem teve dinheiro para pagar a entrada participou. Fica registrado que este é o conceito que têm de "público" (pagante).
               Ao fim e ao cabo percebe-se que o povo brasileiro é o grande ginasta nacional e tem um fôlego tremendo, suportando políticas pífias e políticos sem a mínima noção do ridículo.
 

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Por: Dr. Althen Teixeira Filho
Professor Titular
Universidade Federal de Pelotas
Instituto de Biologia
Disciplina de Anatomia dos Animais Domésticos

Enviado por: Júlio Lázaro Torma
Colaborador deste blog

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