sábado, 15 de novembro de 2008

Ai está a verdadeira face do CAPITALISMO.


Na contramão dos economistas e escribas a soldo do sistema e dos tolos que acreditam nesses fariseus e saem repetindo sua retórica falaciosa como papagaios, eu sempre afirmei que as contradições intrínsecas do capitalismo são insolúveis dentro do próprio capitalismo, projetando um futuro de crises econômicas cíclicas, de gravíssimos danos ecológicos (como as alterações climáticas) e de dilapidação dos recursos naturais de que a humanidade carece para a sua sobrevivência (a água em primeiro lugar).

Vai chegar o momento em que os homens terão de decidir se preferem morrer abraçados ao capitalismo ou se salvar adotando outra prioridade: a colaboração de todos para o bem comum ao invés da competição insana inspirada pela ganância.

Depois de ter procurado outras formas de poder mostrar que está crise, que pelo mundo se abate é na verdade reflexo de uma política intransigente de governos que sempre pautaram pelo lucro rápido,custe que custar se dizendo os verdadeiros sabedores de como conduzir o mundo sobre a batuta do capitalismo a todo custo. Mas o quê mais me chamou a atenção foi este texto que li e coloco na íntegra pra vocês

A coluna de 14/11/2008 do Clovis Rossi na Folha de S. Paulo, "Números que falam", trouxe dados estarrecedores:

* a renda dos 1.125 bilionários do planeta (US$ 4,4 trilhões) supera a renda somada de metade da população adulta do planeta e equivale a quatro quatro vezes tudo o que 180 milhões de brasileiros produzem de bens e serviços;

* em 1997, os gerentes dos 50 fundos de hedge e de "private equity" receberam cada um US$ 588 milhões, mais do que 19 mil vezes o salário-tipo do norte-americano;

* os rendimentos do Wal-Mart batiam, em 2007, o produto nacional bruto da Grécia, enquanto os da Toyota superavam o da Venezuela;

* o rendimento do trabalho no Brasil era de 45,4% em 1990, veio caindo até 2004 e só começou a ter uma ligeira recuperação a partir de 2005. Nem sequer se vislumbra no horizonte econômico o dia em que a participação do trabalho no bolo da riqueza nacional pelo menos igualará a participação do capital.

Realmente, os números falam por si: essa brutal, absurda e repulsiva desigualdade econômica é a raiz dos principais problemas que a humanidade enfrenta.

Repousa sobre o sofrimento e privações extremas a que são submetidos vastos contingentes humanos (os que vegetam abaixo da linha da pobreza) e sobre os sacrifícios inúteis impostos aos demais, que poderiam viver bem melhor e trabalhar muito menos caso cuidassem de produzir apenas o suficiente para suprir as necessidades humanas, em vez de sustentar os 1.125 grandes ociosos e todos os médios e pequenos ociosos.

Celso Lungaretti (*)

Nenhum comentário:

Ao visitante

entre.
leia.
comente.
sugira.
não faça nada.
enfim, sinta-se a vontade.

Compartilhe este conteúdo em sua rede

Postagens populares