sábado, 14 de março de 2009

Um defunto à beira do Paranoá. Cheira mau ao PSDB Rio Grandense


O defunto de um afogado, encontrado à beira do Lago Paranoá, ameaça contaminar o governo sul-rio-grandense com o fedor da decomposição cadavérica em adiantado estado de putrefação.


Tudo começou com a Operação Rodin, da Polícia Federal, que desvendou fraude no Detran gaúcho, A fraude lesou a autarquia em R$ 40 milhões, pelo menos.


A deputada federal gaúcha Luciana Genro e o vereador porto-alegrense Pedro Ruas denunciaram a existência de documentos comprometedores e vídeos que flagraram doações irregulares de recursos para a campanha de Yeda Crusius, ademais da repartição de verbas desviadas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), de negociações irregulares envolvendo a casa de Yeda e do pagamento de contas pessoais da governadora por parte de empresas.


Luciana e Pedro Ruas apresentaram a denúncia em entrevista coletiva, na qual listaram nove episódios que comprovam irregularidades na campanha de Yeda e durante sua gestão no governo. A deputada sustentou que os nove itens integram uma lista de 28 denúncias feitas pelo empresário e lobista Lair Ferst em um processo de delação premiada ao Ministério Público Federal. Lair é réu no caso Detran. Ele gravou os episódios em áudio e vídeo.


A Polícia Federal investiga agora a ocorrência de crimes eleitorais nesse contexto em que a política gaúcha é passada em revista como um caso de polícia.


A morte de Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, ocorrida em circunstâncias misteriosas no dia 17, em Brasília, ameaça jogar mais lenha na fogueira. Marcelo era um dos principais envolvidos nas denúncias de corrupção. Se as suspeitas de assassinato se confirmarem, um caso de corrupção pode ter chegado ao homicídio, com provável “queima de arquivo”.


Agora, em meio ao incêndio, depois de a cúpula do PSDB ter ensaiado a blindagem de Yeda Crusius, promovendo o desfile de suas principais lideranças em homenagem à tucana, o líder da bancada pessedebista na Câmara Federal, o deputado José Anibal (SP), pediu a cassação de Luciana Genro por ela ter denunciado o envolvimento da governadora com a prática delituosa de caixa 2.


A ironia é que o líder do PSDB, que nunca fez sequer uma representação ao Conselho de Ética, faça-a pela vez primeira justamente para calar a denúncia de uma parlamentar que tem um histórico de luta contra a corrupção.


Heloísa Helena, presidente nacional do PSOL, e Roberto Robaina, presidente regional do partido no Rio Grande do Sul, divulgaram um comunicado que acusa o PSDB de haver adotado uma atitude antidemocrática e vergonhosa.


“O PSDB queria o silêncio a qualquer custo. Não, em hipótese alguma Luciana Genro se calará”, enfatiza o comunicado do PSOL.


*Fundação Lauro Campos

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