Uma das principais provas, segundo eles, seriam gravações, feitas por Lair Ferst, e que mostrariam distribuição de dinheiro de caixa dois durante a campanha eleitoral de Yeda Crusius, em 2006Integrantes do PSOL afirmaram hoje (19) à tarde que existem provas documentais (áudios, vídeos e testemunhos) que comprovariam crimes eleitorais e de corrupção na campanha eleitoral de Yeda Crusius e também no governo. A deputada federal Luciana Genro, o vereador Pedro Ruas e o presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, apresentaram nove denúncias, que fariam parte de um conjunto de 29 itens, que seriam do conhecimento do Ministério Público Federal. A decisão de tornar públicas essas denúncias, segundo os representantes do PSOL, surgiu após a morte de Marcelo Cavalcante, ex-representante do Estado do Rio Grande do Sul em Brasília. Cavalcante, segundo informações de sua esposa, iria depor no MP Federal nos próximos dias. Procuradores da República do RS iriam a Brasília para tomar seu depoimento, garantiram Luciana Genro e Pedro Ruas.Uma das principais provas, segundo eles, seriam gravações em áudio e vídeo, feitas por Lair Ferst, e que mostrariam distribuição de dinheiro de caixa dois durante a campanha eleitoral de Yeda Crusius, em 2006. Em uma destas reuniões, a empresa Mac Engenharia (citada na Operação Solidária que investiga fraude em contratos públicos na Região Metropolitana) teria entregue R$ 500 mil para a campanha da candidata tucana. Estariam presentes neste encontro Lair Ferst, Delson Martini, Carlos Crusius, Aod Cunha, Chico Fraga e Rubens Bordini. Outra gravação mostraria o deputado federal José Otávio Germano entregando R$ 400 mil (de caixa dois) para o segundo turno da campanha de Yeda. Também haveria uma gravação em vídeo, onde Lair Ferst detalha como se daria a operação para a compra da casa da governadora. Nesta reunião, ele teria entregue R$ 400 mil para um corretor. “Todo detalhamento da compra da casa aparece neste vídeo”, garantiu Pedro Ruas. Um vídeo com ótima qualidade de imagem e áudio, acrescentou.Ele, Luciana Genro e Robaina não apresentaram provas das denúncias, mas garantiram que tiveram acesso a parte desse material, não via Ministério Público Federal, mas sim por meio de fontes que eles preferem manter em sigilo, por enquanto. Admitiram, por outro lado, que mantiveram conversas com vários dos envolvidos, entre eles o próprio Lair Ferst, Marcelo Cavalcante e o vice-governador Paulo Feijó (DEM). Lair Ferst, asseguraram, já teria feito um acordo de delação premiada.“Não tivemos contato com o MPF. Decididos fazer isso em função da morte de Marcelo Cavalcante. Não podíamos ter tal nível de informações sem apelar para a sociedade. Não queremos que, daqui a pouco, outras testemunhas desapareçam, disseram Pedro Ruas e Luciana Genro.
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